PSD lamenta chumbo do Executivo de Santana ao pacote de apoios à Agricultura local
“Esta foi mais uma oportunidade perdida para o nosso concelho e, em particular, para os nossos Agricultores e para o desenvolvimento de uma atividade que, infelizmente e embora tendo todas as condições, continua a ser relegada para segundo plano” afirma o vereador Social-democrata eleito à Autarquia de Santana, João Paulo Luís, reagindo ao facto do Executivo Municipal ter reprovado hoje, em reunião de Câmara, as 14 propostas que o PSD apresentou para o novo regulamento de apoio ao sector agrícola do concelho.
Um regulamento que, no seu entender, “é manifestamente insuficiente para dinamizar a agricultura local e não garante, conforme devia, os apoios necessários para que esta atividade se afirme e consolide no futuro”, um futuro que, aliás, “obriga a que todos – designadamente quem tem responsabilidades políticas – estejam devidamente mobilizados e envolvidos”, disse, criticando a ausência do Presidente da Câmara nesta reunião, a terceira ausência consecutiva nas mesmas.
Efetivamente, sublinha, “tínhamos todas as condições para conferir outra dinâmica a este setor”, ao invés de continuarmos “a fazer mais do mesmo”, sendo urgente “que se olhe para o concelho de Santana como um todo, assumindo o seu desenvolvimento como objetivo comum e sabendo olhar para além das diferenças político-partidárias”.
Aliás, vinca João Paulo Luís, “num concelho cada vez mais envelhecido e a perder população, é de lamentar que esta Câmara continue a fazer vista grossa para a criação de condições de fixação dos jovens, nomeadamente através da criação de incentivos e de novos apoios para o sector primário”. Assim como é urgente, prossegue, “que se crie um Sistema de Incentivos Municipais”, de modo a potenciar o surgimento de novos empresários agrícolas e pecuários no concelho, valorizando-se a entrada no mercado dos mais jovens, que estão naturalmente mais atentos e sensibilizados para a inovação agrícola, industrial e comercial de que Santana precisa.
A proposta Social-democrata, recorda o vereador, “pretendia criar, entre outras medidas, um pacote de ajudas financeiras aos agricultores de Santana para comparticipar a aquisição de combustíveis para uso agrícola, de máquinas e utensílios, de árvores de fruto, sementes e adubos, ajudar na limpeza e desmatação de terrenos e não menos importante requalificar o Mercado Agrícola, medidas fundamentais há muito reivindicadas pela população”.
No fundo, reforça, “julgamos que as propostas que apresentamos e que foram chumbadas pelo Executivo garantiam, no seu todo, que o Município assumisse a sua própria estratégia neste setor, salvaguardando os interesses dos atuais agricultores mas, sobretudo, despertando o interesse de novos públicos, de modo a que, no nosso concelho, pudéssemos evoluir para uma agricultura mais sustentável e diversificada e para que Santana pudesse estar na linha da frente da agricultura regional”.
Refira-se que a proposta aprovada pelo Executivo contou com a abstenção do PSD apenas porque contempla o apoio ao pagamento da água de rega e à plantação de trigo, sendo esta última uma medida que já havia sido defendida pelo vereador Social-democrata.